quarta-feira, 28 de abril de 2010

2 - O inédito.

Outro dia, depois de longos dias na minha rotina vigente, tomei um ônibus de uma linha que não pegava a meses, e fui encontrar amigos. no trajeto de tal ônibus me surpreendi que frescor havia naquele dia, um ar fresco que passava os meus sentidos olfativos. Enfim, um traço de inesperado apareceu naquele momento, que teria tudo para ser outro qualquer. Tão agradável que tenho pena de quem nunca sentiu isto.
Naquele breve momento de "ar puro" estava toda a novidade do mundo, da vida sempre apresentar novas coisas, mesmo que nada de grandioso ou "heróico". Junto com este acontecimento minha mente afluía pensamentos de igual frescor, um ânimo sádio, revigorante. Agora se o mundo é que estava novo, ou a minha percepção, não sei, me misturo com o meu sentir, ele não se separa do pensar, do mundo.
Alegre e motivado percebi que esta era a riqueza do enunciado, das frases. Não apenas as orações são inéditas, mas o mundo todo. Apenas copiamos do mundo essa novidade constante. Talvéz isto garanta a dignidade da vida, a fuga do tédio e da escravidão explícita. Ou seja apenas um ânimo temporário. Mas de qualquer jeito, uma realidade saudável, um "ar fresco", um inédito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário